terça-feira, 20 de abril de 2010

Essa é do fundo do baú. Nem lembrava mais da existência dessas poesias. Veja!

Juras de amor

Amo-te tanto, sem ao menos lhe conhecer direito, um amor forte
Que chega a doer, e parece nem caber em mim esse amor

Se me ama, eu te amo.
Se não me ama, eu te amo

Amo-te sem mesmo ser amado
Se fosse amado, oh meu deus nem saberia se suportaria de alegria.

Mais enquanto isso, a tristeza me consome e dentro de mim fica
Essa miscigenação de sentimentos que me perturba.

Toda poesia me lembra você, sinto teu cheiro em cada verso e uma
Vontade de te dizer que te amo, com toda minha força.

Amor é assim, quando se ama sofre
quando se é amado sorri

Amar forte é ser egoísta
É querer lhe ter como minha escrava do amor

E suavemente ao pé do ouvido lhe fazer juras de amor.


Fabrício Santos


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Amor egocêntrico

Amo-me do fundo de meu coração,
Amo-me com toda a minha paixão.

Oh! Puro amor por mim mesmo,
Por mim, amor igual ao meu não há!

Esse amor não existe a esmo,
Só eu sei como é bom me amar!


Allex Bandeira

segunda-feira, 23 de março de 2009

Gregoria kalendaro




Post longa tempo, mi decidis skribi aferojn por mia forgesita blogo. Kiel mi ne havis ion ajn por diri, mi tuj pensis pri kio grava okazis en ĉi tiu tago, tio estas, en la 23-a de Marto. Vikipedio diris al mi, ke hodiaŭ estas la 82-a tago de la gregoria kalendaro. Do jen! Mi jam povas ekparoli pri tia gregoria kalendaro. Bone, laŭ miaj etaj kaj simplaj esploroj la Gregoria Kalendaro estas la plej vaste uzata kalendaro de la tuta mondo! Ve! Temas pri grava afero kiun mi neniam aŭdis... hehehe
Ĝi havas tiun nomon, ĉar kiu adoptis ĝin estis papo nomata Gregorio la 13-a precize en la 24a de Februaro 1582.
Se vi ankoraŭ volas legi pri tio, bv. aliri ĉi ligilon.

domingo, 5 de outubro de 2008

Esperanto: língua auxiliar


Esperanto é uma língua. Mas não de um país ou nação. É uma língua auxiliar internacional falada por um grande número de pessoas ao redor do mundo.

Tem uma estrutura muito regular, todavia sem empobrecer ou restringir a expressão. Seu vocabulário se expande rapidamente, porque o sistema lingüístico funciona como o brinquedo Lego, permitindo inúmeras combinações. Essa flexibilidade faz com que o Esperanto tenha traduções das mais fiéis. Ao mesmo tempo é relativamente fácil de aprender. Sua gramática é simples e a escrita é fonética: uma letra para cada som e um som para cada letra.

Existem muitos meios de se ter contatos internacionais. O Esperanto é apenas um deles. No entanto, merece uma atenção especial por conta de certas características que o tornam único. Há uma muito interessante. Chama-se Pasporta Servo. É uma rede de hospedagem com pessoas dispostas, em mais de 90 países, a hospedar viajantes de graça. A condição básica é falar Esperanto.

A idéia de uma comunicação com os diferentes faz nascer um sentimento comum essencial a qualquer esperantista: um senso de solidariedade e fraternidade – respeito à liberdade de opinião e à diversidade cultural, filosófica e religiosa. Ele é de todos e de ninguém ao mesmo tempo. Aprender o Esperanto não é só se dedicar ao estudo de mais uma língua, é também uma atividade agradável que nos faz dar vida, que nos possibilita assim sonhar.


Onde aprender?

São centenas os cursos pela internet. Veja os melhores:


www.lernu.net
Site multilíngüe cujo objetivo é ajudar os internautas a informar-se e aprender esperanto de uma maneira fácil e gratuita. Há diversos cursos: infantis, introdutórios, nível básico, médio e alto.

www.cursodeesperanto.com.br
Disponibiliza um programa multimídia gratuito (tanto para Windows quanto para quem usa o Linux). Neste não há necessidade de estar conectado à internet para aprender. Basta baixar o programa e começar a falar!



Assista aos vídeos abaixo (em esperanto):

Parte 1



Parte 2


Parte 3


Parte 4


Parte 4B


Parte 5


Parte 6



Além dos sites, recomendo os seguintes livros:

Esperanto sem Mestre - Francisco Valdomiro Lorenz

Livro com 20 lições, exercícios de gramática, de tradução e de conversação. Há um vocabulário português-Esperanto e outro Esperanto-português. Com índice remissivo, o que ajuda e agiliza o trabalho de busca sobre qualquer que seja o assunto, e ainda possui chave dos exercícios. Enfim, completo. Este livro é um dos mais importantes livros didáticos de Esperanto em língua portuguesa. Atualmente está em sua 9ª edição (setembro de 1996). Também é bastante uzado em outros países em que se fala português.





Originala Esperanta Bildvortaro - Sylla Chaves

Excelente dicionário ilustrado. Em suas 92 páginas, há quase 3mil palavras de fácil encontro, através das listas por ordem alfabética e por tema. Tudo muito bem organizado. Esta é uma das melhores maneiras de se aprender palavras novas, pois se evita a tradução e estimula o leitor a pensar diretamente na língua-alvo. Ele até pode ajudar a conhecer nomes de coisas que nem mesmo sabemos em nossa própria língua. É bastante útil.






(Você leu a primeira mensagem de uma provável série de postagens sobre o aprendizado da língua Esperanto. Ofereço-a à minha "aluna" Larissa)

sábado, 27 de setembro de 2008

O voto: um chute errante

Até onde sei, o voto "nulo" (não confundir com nulidade de voto) ou em branco dão no mesmo e ainda não tem poder de anular eleição alguma. Mas longe de querer protestar e ir contra a todo esse processo, encontro-me em uma situação complicadíssima, pois está extremamente difícil escolher o candidato dito "menos ruim" à prefeitura de Goiânia, já que de qualquer forma tem de haver alguém por lá. A disputa está cada vez mais acirrada, pau a pau, luta recheada de argumentos podres, discursos nauseabundos, tortos e incoerentes. Vai-se configurando assim o combate entre os pobres e podres contendores - guerra de dejetos lançados a todos os lados. A saga continua... ou seria a “caca” continua?



quinta-feira, 31 de julho de 2008

Esperanto-bacilo


Ne estas facile vendi produkton kies celo ne estas tre bone difinita. Estas fakto, ke ne ĉiuj havas ideologiajn kialojn por lerni Esperanton. Ofte estas personoj kiuj lernas kaj uzas ĝin simple pro amuzo kaj amikeco. Iuj diras, ke nia sukceso dependas de la kombinado de Esperanto kun iu alia hobio. Ĉiamaniere, kiel minoritato, ni vere havas kelkajn agrablajn privilegiojn (inter aliaj, Pasporta Servo kaj Delegita Reto: kun gastigantoj kaj reprezentantoj tra la tuta mondo). Paradokse, se la lingvo vere populariĝas, eble ni ne ŝatas, ĉar tio povas signifi endanĝerigon de niaj nuntempaj prerogativoj. Do, ĉu ni ja volus perdi tiun esperanto-bacilon?
Bone, ĉi tie ne estas la loko por enprofundiĝi en aliajn detalojn, unue pro la manko de spaco, due, pro tio, ke ties celo ne estas doni respondojn, sed instigi diskutojn inter la esperantistaro pri nia propra movado, disvastigomanieroj kaj pri tio kion ni povas oferti al nuntempa mondo. Resume, estas pac-oferto kaj ekzemploj (fanfaronaj) por montri, ke nia lingvo funkcias, sed eble ili ne sufiĉe taŭgas, en praktiko, por konvinki aliajn homojn lerni Esperanton. Amaso da konfliktoj estas en la mondo kaj ili postulas respondojn. Ni bezonas novajn argumentojn kaj kialojn por persisti (aŭ varbi). Nu, pensu ekzemple kial niaj samtempuloj ne multe interesiĝas pri nia afero aŭ alifanke pri tio kio stimulas nin.
(Tiu ĉi eta teksto estas antaŭparolo verkita de mi al revueto KAKTO kies celoj inter aliaj estas disvastigi Esperanton kaj kunigi nian esperantistaron en Gojaso.)

domingo, 13 de abril de 2008

Bons Amigos


Ontem, 12 de abril de 2008, foi um dia marcante. Sei que não é fácil explicar e muito menos esmiuçar sentimentos. Traduzir em palavras as amizades é uma tarefa que nem o melhor poeta jamais poderá fazê-lo em plenitude. Só vivenciando e passando por todo esse torvelinho de manifestações para poder entender seu real significado e importância. Entretanto, esse esforço é válido quando queremos eternizar algo tão indispensável em nossas vidas - uma boa amizade. É por isso que cá estou a explicitar humildemente meu apreço aos caros amigos Fabrício e Thiago.

A ciência nos diz que as amizades aumentam muito mais a expectativa de vida do que, por exemplo, o contato íntimo com filhos e parentes. E ainda não há status social, saúde, estilo de vida ou qualquer outra coisa que torne a existência mais vivaz - mais apreciável. Afinal, amigo é para todas as horas, tristes ou felizes, com grana ou sem grana, para a aventura ou para o tédio. Ora, a gente pode escolhê-los. Já o mesmo não acontece com os entes da nossa própria família.

Costumo dizer que amigo faz as vezes do psicólogo sem cobrar nada por isso, sem marcar hora, sem precisar ir ao consultório e não te trata como mais um mero paciente. O apoio é mútuo, voluntário - ocorre por prazer e não por obrigação. Isto é que faz toda a diferença - coisa 'simples' e 'espontânea', mas que por outro lado está o mais complexo e indesvendável mistério da vida.

Enfim, fico com a lembrança daquela sensação de bem-estar psíquico incomum. É como diz sabiamente a canção: "amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração". Quem tem bons amigos vive mais e melhor. Tem-se aqui motivos suficientes pra cultivar as amizades... Por fim, valeu por tudo. Obrigado pelas idas ao barzinho, pelas conversas, pelos conselhos, críticas etc.. Apesar de percorremos caminhos divergentes, esse sentimento fraternal caminhará junto a nós onde quer que estejamos.


quarta-feira, 5 de março de 2008

Desorkutizando-me...



É... é isso mesmo que vocês acabaram de ler. Estou saindo deste site de relacionamento pessoal. Felizmente não tenho motivos pavorosos para fazê-lo. É justamente a fim de evitá-los que estou definitivamente abstendo-me de utilizar esta ferramenta de comunicação e interação virtual.

Como todos sabem, o problema do orkut é muito simples: nossa intimidade se torna pública. É aí que mora o perigo. Por outro lado, sabendo lidar com essa ferramenta nós não teremos tantos transtornos, quem sabe até alguns benefícios. Sempre tive muito cuidado ao divulgar certos tipos de informação. Espero que vocês que aqui continuarem façam o mesmo.

É sabido que o orkut já virou uma espécie de termômetro, ou seja, é através dele que se identificam as peculiaridades dum relacionamento da vida "real". Por exemplo, um casal de namorados analisa a solidez de sua relação consoante os comentários e anedotas que uns fazem dos outros. Ou ainda, um pessoa verifica seus eventuais encantos ou desencantos com outra pessoa através das "entrelinhas", seja nos recados recebidos ou enviados, seja nos comentários de depoimentos ou de fotos, seja nos amigos que tem ou nas comunidades que participa.

Assim, volto a lembrar-lhes que estamos expostos a tudo isso, querendo ou não. Sem o desejo de ir contra à inábil lógica, preservando-me das tediosas atualizações de perfil e, por fim, não mais gastando meu precioso tempo, digo e repito que pude sim largar esse vício que assola grande parte de nossa população. Espero que esta minha falsa sensação de liberdade dure por um bom tempo. Pelo menos o suficiente para não mais precisar explicar de novo o motivo de meu afastamento.

Atenciosamente,
Allex Bandeira

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Bandeira do Brasil

Hoje é o Dia da Bandeira. Por que hoje não é feriado? Talvez por isso a maioria se esqueceu deste importante dia para o nosso país. (...risos..) Lembre-se da ordem e do progresso. Ah! Pra não dar a bandeira, pelo menos disfarce que você também lembrou...

Salve, lindo pendão da esperança!

sábado, 17 de novembro de 2007

Poeta preeminente

No meio do caminho tem um poeta, tem um poeta no meio do caminho. Acabo de ter hoje a prova final de que se tem mais um poeta andando sorrateiramente por entre nós. Muitos sequer saberiam distingui-lo dentre a multidão. Embora ainda exista e persista neste mundo a forte idéia de que ler é sinônimo de perda de tempo, logo perda de dinheiro, os poetas cometem um crime duplamente maior – eles escrevem.

É com um estilo de cunho reflexivo, histórico e social que o Cláudio, colega historiador e a partir de agora um poeta menos-anômimo, se expressa e compõe suas poesias. Bastou ler apenas uma para dar-me conta das potencialidades desse eminente escritor. Sem dúvida num futuro bem próximo há de produzir coisas mais magnânimas ainda. Nota-se que o Cláudio tematiza a vida e os acontecimentos do mundo em versos que focalizam os embates sociais, o questionamento da existência e tantos outros assuntos afins, até mesmo a própria poesia não escapa à sua visão crítica.

Dessa forma não poderia deixar que essa descoberta passasse em branco. Quero sim expressar meu apoio e incentivo. Por isso que, como os poetas, também cometi o grave delito de escrever. Não tenho tais capacidades para compor semelhantes poesias, mas posso de maneira simplista e conforme minhas vãs possibilidades tentar escrever sobre quem as compõe. “A poesia não se entrega a quem a define. (...) A diferença entre um poeta e um louco é que o louco não sabe que é louco e o poeta sabe. A poesia é uma loucura lúcida.”, afirmou sabiamente Mario Quintana.

Assim, peço permissão ao caro amigo Cláudio para reproduzir aqui uma poesia que ele mesmo me enviou. Ei-la:

‘RECEITA POSITIVA PR’ UM MUNDO IMPOSITIVAMENTE POSITIVO’

Pegue um planeta,
Destrinche em miúdos,
Crie uma receita,
Sistematize os estudos.

Observe a natureza,
Crie a equação,
Instaure a certeza,
Aplique a razão.

Isole o fenômeno,
Agora COMTE-me a nova:
Estás feliz de fato,
Por terdes a prova?

Funcionou, enfim...
Muito bem com os animais,
Mas pra fenômenos humanos,
Nenhuma diferença faz!

Todo o progresso,
Que a ciência proporciona,
Pode ser dito retrocesso,
Pois só aos ricos funciona.

Dizem ser evolução,
Poder moldar o planeta,
Acredito ser ilusão,
Desacredito dessa receita.

Dizem: fomos à lua!
Hoje o homem vive mais,
Que cara de pau a tua!
Que diferença isso faz?

Temos a bomba atômica,
E os problemas sociais,
A velocidade é supersônica,
Quanta diferença isso faz!

Temos água tônica,
E homens suicidando,
Dou-te uma mão biônica,
Pra você morrer trabalhando!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

O Brasil é o 11º colocado para pesquisa

Segundo a revista The Scientist, o Brasil está entre os 15 melhores países para pesquisa acadêmica. O Brasil ocupa o décimo primeiro lugar. A lista é composta pelos seguintes países, conforme a colocação: Bélgica, EUA, Canadá, Suíça, Austrália, Índia, Holanda, Reino Unido, Israel, Suécia, Brasil, Alemanha, França, México e Itália.

Pode-se dizer que uma das críticas a este modelo de incentivo à pesquisa é o alto custo para o Estado. Percebe-se que a maioria dessas pesquisas não prestou serviços sociais ao nosso país...

sábado, 10 de novembro de 2007

Malbonkvalita Kopio


Hispanio kaptis ŝipon kun 99 personoj kiuj provis eniri kontraŭleĝe en Insulon de Tenerifo, hispana teritorio.



Cláudio Lembo

La antaŭjuĝo disiĝas en la tuta Eŭropo. Dissemas sur la plej diversaj landoj. Kelkfoje venĝema. Alifoje kaŝita. Sed ĉiam ĉeestas. La netoleremon akrigas la ekstero.

La antaŭjuĝo estas ĝeneraligita. Atingas al tiuj kiuj estas el aliaj kontinentoj. Ne evitas la venintojn el apartenantaj landoj de la propra komuna spaco. Sufiĉas eliri por esti nedezirata en la aldirektata lando.

Estas grava fenomeno. Oni neas la pensojn stampitaj en la lastaj tricent jaroj. Oni entirkestigas la solenajn deklaraciojn pri laŭdego de la humanaj rajtoj. Oni forgesas la plej noblajn postlasaĵojn de la Historio.

En siaj revolucioj, la kontinentaj kaj la insulaj eŭropanoj kreis principojn kiuj gvidis aliajn popolojn. Ili elmergis la egalecon inter la homoj. La tolerecon kiel trajto de l’ humana digneco.

La trajtoj ĉeestantaj de l’ ksenofobio en Eŭropo trovas radikojn en la plej malnova tempo. La koleregigita enlandeco kaj, post, la viruseca naciismo dumjarcente makulas la ideojn vendataj de eŭropanoj.

Ĉiam kapablaj lanĉi aliulojn al malbeno, ili sin gardas en kloŝo konata kiel civilizacio, laŭ kelkaj. Kiel kulturo laŭ opinio de aliaj.

Civilizitaj aŭ kleraj, ili sin montras kapablaj krei koncentrejan kaj ekstermejan komplekson. Ili liveris siajn propajn nacianojn al ekzekuto de flamiĝemaj polikitaj sektoj.

Ili iris trans oceanoj kaj praktikis perfortajn agojn kontraŭ organizitaj societoj kaj, multfoje, sub pacigaj ideoj. Ili ne indulgis popolojn. Ili faris el la malsimilaj barbarojn.

En iuj historiaj momentoj, estroj forpelis siajn nacianojn. Okazis amasaj elmigroj. Tutaj komunumoj estis translokigitaj. Ili suferis. Ili konis malamikecon.

En multaj kazoj, eŭropanoj faris la Amerikon. Plimulte ili frakasiĝis pro nostalgio kaj pro bezonata fizika klopodo. Ili ĉiuj estis viktimoj de l’ politiko pri sociala ekvilibro.

Tiuj epizodoj povas esti utilaj por pripensado al la necedemaj agresantoj de la hodiaŭaj enmigrintoj. La dramo pri mizero kondukas al forigo kaj al ekzilo. Ĝi kreas pariajn societojn , la filojn de l’ malabundec’.

En eŭropa scenejo, estas la antikva distingo inter tiuj kiuj troviĝas en la regno kaj tiuj aliaj kiuj estas for. La eksterlandano kaj la naciano. La stranga kaj al la egala.

Maldolĉa realo estas, esence propra al historia evolucio plenplena je animeco kaj konfliktoj el la plej diversaj devenoj: religiaj, politikaj aŭ tiuj naskitaj el personaj vantecoj nesolvitaj.

Simplaj klarigoj por la neakceptebleco: La humiligo de l’ aliulo; La agreso al la mizerulo; La impetega kombato kontraŭ la senprotektulo. Ĉiuj ĉi hipotezoj karakterizas neteneblajn situaciojn, precize al Uniĝo de landoj kiuj sin titolas kristanaj.

La maldolĉa scenejo meritas ekspozicion por kompara efekto. Kelkaj brazilaj aŭtoritatoj, lastatempe, aĉe, agrese, insulte kaj neakcepteble alparoladas al socialaj grupoj.

Ili sin prezentas kiel multaj eŭropanoj ĉe aludo pri ekster-komunumaj uloj aŭ pri komunumaj devenintoj el landoj elĉerpitaj pro jaroj da submetado al komunismo.

Tiuj estroj, heredintoj de brazilaj pensantoj kies defendo estas doktrinoj science neteneblaj, disigas insidan predikon pri diskuto inter l’ egalaj.

Haltu distingi. Ia aparato de la krima leĝaro kondukas al la produktanta ago de la sociala anomalio. Ne gravas la geografia loko de siaj aŭtoroj, nek la financa situacio.

Krimon faras la malbona persono, je aflikto pri postvivo, aŭ la nababo serĉante pli da komforto kaj montriĝo en socialaj komunikiloj. Rifuzu tiujn.

Malbone estas distingi iun pro deveno aŭ naskiĝo. Tio pikas la egalecon, principon postulata de ĉiuj civitanoj. La rompo de l’ egaleco je traktado agresas la plej elementajn valorojn de sociala kunvivado.

La societo kaj siaj estroj bezonas daŭran konekton. Se tio ne okazas, en demokracioj, restas al la komunumo forpeli tiun sensentan ulon. Al la civitaneco, iras la pacienco. La balotoj venas tre rapide.

(Cláudio Lembo estas advokato kaj universitata profesoro. Li estis vic-ŝtatestro de San-Paŭlo de 2003 ĝis marto 2006, kiam fariĝis ĝia estro.)

[El la portugala tradukis mi]

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Língua tcheca

Recentemente estava aprendendo um pouco sobre a língua tcheca. O tcheco (ou checo) faz parte das línguas eslavas ocidentais. Assim como o polonês e o eslovaco. O tcheco e o eslovaco são bem semelhantes mesmo. Analogicamente, seria como um espanhol. É fácil de entender a ponto dos falantes conversarem sem grandes dificuldades, principalmente as pessoas mais velhas que tiveram contato com ambas culturas até a divisão da Tchecoslováquia. Era bastante comum ter programas bilíngües na TV e no rádio.
O tcheco é uma língua bem complexa, pra não dizer difícil. Há sílabas que não têm vogais!! Dá pra imaginar uma coisa dessas? Nesse caso, as letras r, m e l vão fazer o papel de vogal. Mas não é fácil pra nós, falantes da língua portuguesa, pensar na possibilidade de pronunciar uma palavra como zmrzl ou čtvrthrst sem colocar izinhos entre as consoantes. Nós já temos o costume de pôr o i onde não tem. Quando pronunciamos abdicar falamos é “abidicar” com um i bem forte.
Bom, além dessa dificuldade por falta de vogais nas sílabas de algumas palavras, há outras peculiaridades em tcheco: aquelas estranhas consoantes ř, č, š e ž com o háček (tchék), acento circunflexo ao contrário; o alongamento das vogais que pode mudar totalmente o significado da palavra, por exemplo, lek (medo) é diferente de lék (medicamento) só pela duração da vogal, ou seja, no primeiro caso se pronuncia lék (rapidamente) e no segundo léék (devagar como se o e fosse um só som); e por último o acento tônico que sempre cai na primeira sílaba, não interessa o tamanho da palavra, então kamarád se diz “marad” (camarada).
Quem já estudou alguma coisa de russo (língua também eslava, porém oriental) vai perceber algumas claras semelhanças. A contar os 7 casos gramaticais: nominativo, genitivo, dativo, acusativo, vocativo, locativo e intrumental. O vocabulário é às vezes bem fácil de se reconhecer. Lobo em tcheco é vlk (cadê as vogais? hehe ), enquanto em russo é волк, isto é, volk. Ah! O tcheco usa o alfabeto latino. O russo não. Em russo язык (iázík) significa língua, idioma. No tcheco é jazyk (zik) com letras latinas mesmo.
Então é isso. Na shledanou! Inté!

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Layllismo


Atendendo a pedidos e ainda fazendo valer a primeira lei deste blog, cá estou eu atualizando-o mais uma vez. Apesar de já ter-se passado mais de uma semana da última atualização, estava eu, nesse entretempo, sempre esboçando textos e pesquisando de maneira mais aprofundada algumas outras coisas. Em breve eu poderei compartilhar aqui tais pesquisas e suas curiosidades, se for o caso. Assim justifico minha rápida ausência, pois ela se deu por uma justa causa.

Aproveito portanto a oportunidade para falar um pouco sobre uma corrente ideológica e filosófica relativamente nova que, até então, só alguns privilegiados a conhecem. Embora haja um tom lúdico e ainda tenha certas bases epistemológicas ainda não muito bem especificadas e claras para mim, essa corrente, vamos assim dizer, está dia a dia colecionando novos adeptos. Muitos são os desejosos em conhecer e saber mais sobre tais pensamentos, embora fique evidente desde o início seu hermetismo e sua complexidade em assimilá-los. Seria difícil, laborioso e debalde tentar aqui de súbito esboçar efêmera e inconsistente definição. Mas mesmo assim eu farei e ainda hei de deixar aos iminentes textos a árdua incumbência de fazer de modo mais bem feito e apropriado.

Para que o foco desta mensagem seja válido, terei de cometer o disparate de conjecturar uma definição podendo cair em falso juízo. Penso que seria chato, depois de você ter lido tudo isso, ficar na expectativa de querer saber ao certo do que se trata. Então, de maneira bastante geral e concisa, vou tentar explicar somente um ponto da grandiosa questão.

O Layllismo, como está sendo conhecido, é uma espécie de doutrina, isto é, consiste em um conjunto de idéias (sejam estas sociais, políticas, econômicas etc. etc.), cuja precursora foi nossa ilustríssima colega historiadora Laylla Nayanne. Pode-se dizer que o pensamento layllista se apóia, numa certa medida, em tradições já muito bem desenvolvidas. Ultrapassou as passageiras idéias de muitos de nossos contemporâneos e, porquanto, é, de certo modo, um afastamento radical das correntes que estão hoje em voga que tendem a desaparecer com a mesma rapidez que surgiram. O layllismo, ao contrário, demonstra-se ser bem coerente. Em outras palavras, o layllismo vem de Laylla. E Laylla vem do árabe e quer dizer formosa, bela, bonita. Logo, não há de se ter algo melhor para justificar o nome dessa magnânima corrente consciencial... kkk

Só você mesmo, Laylla!! :)



domingo, 21 de outubro de 2007

Sala exclusiva

Senador ganha sala de aula só para ele e sua mulher

A Faculdade Alves Faria (Alfa), em Goiânia, montou uma turma especial no curso de Direito com apenas dois alunos: o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) e sua mulher, Valéria Perillo. O Ministério Público Federal em Goiás decidiu contestar e ajuizou Ação Civil Pública contra a escola e os alunos, por concessão de tratamento desigual a agente político.

De acordo com a procuradora da República Mariane Guimarães de Mello Oliveira, a faculdade organizou sua estrutura física e seus professores, com sala de aula exclusiva, apartada do convívio com os demais estudantes. A nova turma tem horários de aula especiais, exclusivamente às segundas, sextas e sábados pela manhã, para atender o senador e sua mulher, o que seria uma forma de privilégio no acesso às aulas.

A direção da escola justificou perante o MP o privilégio concedido ao casal vip de alunos: "É público e notório que os alunos noticiados tratam-se do ex-governador do Estado de Goiás e atual Senador da República e da ex-primeira dama, os quais, pessoas públicas que são, se estivessem em sala de aula com os demais alunos, seriam assediados pelo carisma e admiração que lhes são peculiares, o que naturalmente poderia refletir no bom andamento das aulas."

Para o MPF, se a moda pega "seria necessário providenciar salas de aula especiais também para atores, jornalistas, esportistas, modelos, apresentadores de programas de auditório etc".

Sustenta ainda a procuradora, "que o tratamento especial dispensado a Marconi Perillo deu-se em razão de sua função pública", e todavia a ordem jurídica pátria não prevê a instalação de salas de aula especiais para senadores da República ou ex-governadores, e muito menos para esposas ou familiares deles".

De acordo com a ação, o fato viola os princípios da isonomia e da generalidade na prestação de serviços públicos, configura tratamento seletivo e privilegiado sem previsão constitucional ou legal e viola as diretrizes e bases da educação nacional, previstas na Constituição da República e na Lei 9.394/96.

No pedido de liminar, o Ministério Público requer que a Alfa encerre imediatamente a turma especial do curso de Direito, transferindo senador e mulher para salas de aula comuns. Alternativamente, pede que a faculdade providencie a abertura da turma especial para os demais alunos, de forma a completar o número de estudantes usualmente admitidos em uma sala de aula normal.

Além disso, o MPF pede que Marconi e Valéria Perillo sejam condenados a pagar indenização calculada com base no custo de manutenção da sala de aula especial, “durante o período em que foi mantida às custas das mensalidades pagas pelos demais estudantes”. O valor deve ser revertido a esses alunos. A ação (clique aqui para ler) foi distribuída para a 9ª Vara Federal de Goiânia.

(Fonte: http://conjur.estadao.com.br/static/text/60557,1)

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Pois é... seria de extrema importância que nosso ilustríssimo ex-governador tivesse tempo de ao menos ter aprendido algo sobre Direito Constitucional. Quem sabe ele não largaria o curso por conta própria... não é? Isso que eu chamo de brasilidade!!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Crianças-adultas e Adultos-infantis


Hoje, 12 de outubro, é comemorado o Dia das Crianças (como também o Dia da Nossa Senhora Aparecida, Dia do Mar, Dia do Basquete e ainda o Dia do Descobrimento da América). Percebo que as crianças começam bem cedo, se não a ser, a aparentarem ser adultas. As novas tecnologias também estão a mudar drasticamente o modo de vida no universo infantil. A questão fundamental aqui é se perguntar se nossas crianças estão a virar adultas precocemente, ou seja, antes da hora entendida como mais certa ou saudável. Se é que ainda exista a concepção de infância em contraposição à fase que se chama de adulta.

É fato que a criança procura sempre imitar os adultos (sejam as coisas “boas” ou “más”), neste caso as pessoas mais próximas (os pais, os professores, por exemplo), para aprender a como se comportar e agir. Entretanto, como sabemos, os pais devido à excessiva carga de trabalho estão ficando cada vez menos com seus filhos, logo o referencial dessas crianças está a mudar. Este aspecto da educação infantil está agora a cargo de outros referenciais e meios...

Talvez o mais triste seja que a maioria desses pais, se as oportunidades assim os permitissem, sequer estariam preparados para passar tanto tempo ao lado dos filhos. De qualquer maneira, eles a fim de suprir sua ausência dão presentes como uma forma de compensação. Isso é muito mais complicado nas camadas mais carentes em que já não se tem dinheiro suficiente para a alimentação e muito menos para dar presentes. Percebe-se que é uma tarefa penosa deixar de atender a um pedido de um filho. Muitos pais não conseguem dizer um não.

Então, dessa maneira, essas crianças poderão crescer imaginando que as coisas são fáceis e sempre estarão a seu dispor quando assim as desejarem. Aí vêm aquelas análises que são bastante conhecidas  pois elas poderão se tornar adultos inseguros frente às adversidades que a vida poderá lhes impor etc., etc.. Note que as pessoas que não conseguiram ser o que desejavam em sua vida tendem a projetar esse desejo em seus filhos. Um lutador fracassado será um espectador empolgado.

O pião, o cabo-de-guerra, o dominó, a amarelinha, a queimada, cabra-cega, dama, xadrez, pipa, peteca, pega-pega, esconde-esconde, queda-de-braço, lego, ioiô, canções de roda, andar de bicicleta, quebra-cabeça, estilingue, boneca, carrinho, cama-de-gato e tantas outras brincadeiras foram substituídas pelo computador, o celular e a televisão. Devemos parar e pensar não na possibilidade de voltar a fazer o caminho inverso (do computador às brincadeiras antigas), mas na possibilidade de melhor lidar com os atuais recursos que estão à nossa volta. Veja que a mídia é soberana em nos mostrar que vivemos em um tempo de crianças adultas e de adultos infantis em que os pais se vestem como os filhos e filhos como os pais.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Eu nem sinto meus pés no chão


Ando meio desligado, eu nem sinto meus pés no chão... Sim, é como diz aquela velha música que o Pato Fu também canta por aí. A Fernanda Takai e o John devem viajar legal na composição das músicas. Eles certamente andavam muitíssimo desligados quando compuseram certas canções, se brincar bem mais desligados que eu. Lembro de algumas músicas deles, por exemplo, "A Necrofilia da Arte" e “Made in Japan”. É um povo doido, no bom sentido.

Acontece que ultimamente estou focalizando em coisas tão miúdas que acabo esquecendo de olhar o todo. É o que dizem. Às vezes, ou melhor, quase sempre nem percebo alguém passar ao meu redor quando estou conversando com uma pessoa. Tá... pode parecer estranho, mas talvez a conversa está tão animada que a gente nem vê o tempo passar, que dirá então uma pessoa, não é?

Bom, não se aborreça com a minha falta de atenção ou de memória. O chato é que sempre que começo a fazer um curso de memorização pra ver se melhoro um pouco, sempre, sem brincadeira, acabo esquecendo de continuar o curso até o final. Se você passar por mim e eu não disser nada, não hesite em gritar bem alto meu nome. Pode acontecer que nem escute também, “mas por favor, não me leve a mal”...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Cerveja Weihenstephaner


Aconteceu aqui em Goiânia o 2º Festival Gastronômico Cultural Alemão, com um clima de “Oktoberfest do Cerrado”. Foi uma realização da embaixada da Alemanha, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e a Câmara de Indústria e Comércio Brasil–Alemanha. Houve várias apresentações de grupos folclóricos e bandas, inclusive alguns genuinamente alemães (Die-Lumpen  “Os salafrários”, em bom português  de Munique, por exemplo). E, o que não poderia faltar nesse tipo de evento, cervejas importadas fizeram parte também das festividades, assim como aqueles salsichões.
Ontem tive o privilégio de experimentar a cerveja alemã Weihenstephaner Hefeweissbier, cujo nome mais parece um palavrão, porém de gosto colossalmente formidável. Para você ter uma vaga idéia do que eu estou falando, pense, por exemplo, no gosto de uma Heineken ou de uma Bohemia (estas cervejas são consideradas por muitos as melhores). Multiplique esse sabor por 10 vezes, ou até 20 mesmo. É uma bebida digna de ser apreciada. Com um gosto agradável e suave ela deixa sem dúvida para trás todas as outras cervejas que você já tomou na vida.
Esta cerveja é de trigo. É... pode parecer estranho, mas não perca qualquer chance de degustá-la, se um dia tiver, é claro, semelhante oportunidade. Embora o preço seja um tanto salgado, qualquer que seja o valor a ser gasto far-se-á compensatório, pois vale a pena mesmo gastar um pouco mais para bebê-la. Bom, e essas cervejas do tipo Weiss (não filtradas, com maltes de cevada e trigo e ainda elas contêm menos lúpulo, quando comparada com a maioria das Pilsen) possuem um ritual diferente para sua degustação.
Um dos charmes desta bebida é justamente seu ritual de consumo. Inicialmente deve-se despejar a cerveja lentamente em um copo inclinado, evitando que forme espuma, deixando um pouco de cerveja na garrafa (a levedura por ser mais densa vai ficar embaixo). Deve-se então agitar a garrafa em movimentos circulares para que a levedura, depositada no fundo, seja misturada com a cerveja e forme uma espuma cremosa que deverá ser juntada à cerveja no copo.
“O copo é outro diferencial da cerveja de trigo. Com um formato mais alongado, sua parte superior é mais bojuda do que os copos comuns para evidenciar a espuma densa. Ela protege a temperatura e mantém o sabor e o aroma da cerveja. Detalhe: a tradição alemã diz que o brinde deve ser feito com a parte inferior do copo.”
“Weihenstephaner é feita pela mais antiga cervejaria do mundo, em atividade desde 1040, na Alemanha fundada por monges beneditinos, esta tradicional cervejaria localiza-se no topo da colina Weihenstephan, na cidade Bávara de Freising.” Olha só que absurdo! Esta também é uma das cervejas mais antigas (e gostosas). Os alemães no quesito cerveja merecem certo crédito né... Enfim, acho que esta rápida descrição já foi o suficiente para fazermos um brinde. Vai uma aí?

sábado, 6 de outubro de 2007

Opinii estas humane

Por diskuti ian temon ne necesas ĝin koni profunde, necesas nur havi difinitajn vidpunktojn kaj bonajn argumentojn por ilin defendi.

Sendube, estas temoj kiuj bezonas kelkan teknikan konon kaj kelkan sperton pri ia fako sur kiu la debato troviĝas. Sed, ĝenerale, la spertoj pri vivo povas igi saĝajn opiniojn. Havi ĝeneralan kulturon, scivolante aliajn fokusojn de nia atento, ankaŭ havigas la saĝecon al opinioj.

Observu ni, ekzemple, la laboron de arkitekto. Ĉe la projekto de unu domo, li uzis sian tutan sperton aranĝita en Universitato. Tamen, persono kiu ne diplomiĝis pri arkitekturo, sed havas bonan estetikan juĝokapablon, povas bone havi logikan kaj utilan opiniojn rilate projekton.

En tiun sencon eniras la aspekto pri ĝenerala kulturo. Por havi difinitajn vidpunktojn, oni devas havi ampleksan vidpunkton de l' mondo, aranĝita kun la kulturo. Ne temas pri la Universitata kulturo el libroj, sed tio kion oni havas el la observado de la vivo, kaj estas la plej grava por la postvivo. Unu sperta persono ĉiam konas iomete pri ĉiu temo, kvankam apenaŭ je formo pli ampleksa.

Kaj, poste diri siajn vidpunktojn, ebligante komencon de debato, oni havigas oportunojn por lerni novajn aferojn, pligrandigante tiamaniere siajn konojn.

(Esperantigo de Allex)

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Italianos corteses? Aham sei...

Estava lendo isso na internet e achei tão interessante que eu não poderia deixar de mostrar para vocês. Até arrisquei essa tradução. Olha só que italiano sacana:

Marianel:
Mamma mia! Questo porto è enorme, non riuscirò mai a trovare Luigi! Forse è meglio domandare a qualcuno. Vediamo in quella trattoria, così mangio anche qualcosa, è quasi ora di pranzo!
Mamma mia! Este porto é enorme, não conseguirei nunca achar o Luigi! Talvez é melhor perguntar a alguém. Vamos àquela trattoria [típico restaurante italiano], dessa maneira também como qualquer coisa, é quase hora do almoço!

Marianel: Buongiorno, c'è un tavolo libero?
Bom dia, há uma mesa livre?

Cameriere: Beh, veramente siamo pieni. In quanti siete?
Beh, de fato estamos cheios. Quantos vocês são?

Marianel: Da sola!
Estou sozinha!

Cameriere: In questo caso... guardi, c'è quel tavolo lì, dove è seduto quel signore. Se non le dispiace di dividere il tavolo con lui, può mangiare allo stesso tavolo
Neste caso... aguarde, há uma mesa ali, onde está aquele senhor. Se não se importar em dividir a mesa com ele, poderá comer na mesma mesa.

Marianel: Per me va bene, tanto voglio mangiare qualcosa e andare via, ma per il signore?
Por mim tudo bem, estou com tanta vontade de comer alguma coisa e ir embora, mas e o senhor?

Cameriere: Ah per lui non c'è problema, non si preoccupi, è un nostro vecchio cliente! Venga signorina!
Ah por ele não há problema, não se preocupe, é um velho cliente nosso! Venha senhorita!

Cameriere: Gigi, ti dispiace dividere il tavolo con la signorina?
Gigi, incomoda-te em dividir a mesa com a senhorita?

Gigi (o sacana): Ma con molto piacere! Prego, si sieda!
Mas com muito prazer! Pronto, sente! [Olha só a cordialidade do homem italiano!]

Marianel: Grazie
Obrigada

Cameriere: Che cosa le posso portare signorina?
Que coisa te posso servir, senhorita?

Marianel: Mah... non so
Ora... não sei.

Gigi: Posso consigliarla io? Permette? Sa, ormai conosco questo ristorante da una vita!
Posso te aconselhá-la? Permita-me? Sabe, conheço este restaurante a minha vida toda! [Olha o cara se intrometendo...]

Marianel: Beh, sì, grazie
Sim, obridada.

Gigi: Bene, lei non mi pare di Genova...
Bom, você não me aparece ser de Gênova... [Já começou a investir J]

Marianel: No, sono straniera
Não, sou estrangeira.

Gigi: Ah sì? Allora le suggerisco un piatto di trenette al pesto, le conosce?
Ah sim? Então te sugiro um prato de trenette [típica pasta italiana] ao molho, você conhece?

Marianel: Beh, il pesto sì! Le trenette... veramente no!
O molho sim! O trenette... não!

Gigi: Ah, e allora deve provarle, le trenette sono un tipo di pasta tipico di Genova
Ah, e então deve provar, o trenette é um tipo de pasta típica de Gênova.

Cameriere: E per secondo?
E a sobremesa [segundo?] ?

Marianel: Uhm, il secondo non mi va, forse un contorno. Che cosa avete di contorno?
Hmm, a sobremesa, não sei, talvez um acompanhamento. Que coisa vocês têm de acompanhamento?

Cameriere: Dunque, verdure di stagione alla griglia, melanzane al forno, fagiolini al vapore, patate arrosto, oppure un'insalata mista
Então, verdura da estação grelhada, berinjela ao forno, feijão verde ao vapor, batata assada, ou uma salada mista.

Marianel: Mhm, che cosa sono le "verdure di stagione alla griglia"?
Hmm, que coisa é a “verdura da estação grelhada”?

Cameriere: Beh, sono peperoni, melanzane, zucchine, cipolle...
Bom, são pepinos, feijões, abobrinha, cebolas...

Marianel: Va bene, allora prendo le verdure alla griglia
Tá bem, então eu pego a verdura grelhada.

Cameriere: Da bere, acqua... vino?
Pra beber, água... vinho?

Marianel: Mhm... acqua...
Hmm... água

Gigi: Beh, signorina, se permette, le offro un bicchiere di Pigato è un vino tipico di questa regione
Bom, senhorita, se permite, ofereço um cálice de Pigato, é um vinho típico desta região. [Agora o cara vai tentar deixar a “estrangeira” bêbada...]

Marianel: Mhm, non so, di solito non bevo vino a pranzo
Hmm..., não sei, não tenho costume de dever vinho no almoço.

Gigi: Beh, ma non può visitare Genova senza bere un goccio di Pigato, via!
Bom, mas não pode visitar Gênova sem beber um gole de Pigato, vamos! [Esse argumento é forte, hein? Só mais um pouco ela vai aceitar...]

Marianel: Sì, ma dopo devo camminare
Sim, mas depois tenho que caminhar.

Gigi: Ma un bicchiere di vino non ha mai fatto male a nessuno!
Mas um cálice de vinho não fará mal a ninguém! [Seria indelicado neste momento ela não aceitar...afinal, não faz mal mesmo só um cálice]

Marianel: Va bene, allora, grazie!
Tá bem, então, obrigada! [Ele conseguiu J]

Gigi: Si figuri! Allora, Claudio porta due bicchieri di Pigato, uno anche per me!
Com prazer! Então, Cláudio pegue dois cálices de Pigato, um pra mim também!

Cameriere: Arrivano subito!
Voltamos logo!

Gigi: Scusi la curiosità, lei è a Genova per una visita?
Descupe a curiosidade, você veio a Gênova para visita? [Olha só que cara de pau! Depois o povo vem dizer que os italianos são românticos e tal...]

Marianel: Non esattamente, mi piacerebbe visitarla, ma non ho molto tempo, credo che ripartirò stasera
Não exatamente, eu gostaria de visitá-la, mas não há muito tempo, creio que partirei hoje à tarde.

Gigi: Ah peccato! Genova è una città molto interessante, un po' diversa dalle città turistiche italiane. Conosce "Genova per noi"? La canzone di Paolo Conte? Ecco, Genova è proprio come la descrive Paolo Conte!
Ah que pecado! Gênova é uma cidade muito interessante, um pouco diferente das cidades turísticas italianas. Conhece “Gênova por nós”? A canção de Paolo Conte? Eis, Gênova é próprio como Paolo Conte descreve! [Já jogou um verde. Está disposto a andar pela cidade com ela...]

Marianel: Mhm... no, non la conosco e poi non ho molto tempo, mi piacerebbe visitare anche Venezia
Hmm, não, não a conheço e não há muito tempo, gostaria de visitar também Veneza.

Gigi: Capisco! Ah ecco le sue trenette e i due bicchieri di Pigato
Entendo! Ah eis seu trenette e os dois cálices de Pigato! [Que droga hein... Tava esquentando as coisas...]

Cameriere: Ecco qui la pasta per la signorina e il vino per Gigi
Eis aqui a pasta para a senhorita e o vinho para o Gigi.

Gigi: Allora, alla salute!
Então, à saúde! [Mas ainda tem o vinho pra fazê-la desistir de ir embora!!]

Marianel: Grazie, alla sua!
Obrigada, à sua!

Dia R - Dia do Retorno ao Coreto?


Não se constrói um prédio em um dia, muito menos uma Universidade. É ingenuidade nossa achar que as coisas irão mudar da água para o vinho, assim como se muda de roupa ou de canal. Se quisermos ver crescer algo duradouro, temos primeiramente que elaborar um bom projeto a começar do fundamento ou base, isto é, no caso da Universidade, do que diz respeito aos alunos. Estes são também os edificadores e construtores de uma Universidade de qualidade. Que adianta órgãos representativos como o DCE, DA e CA se não há comprometimento e participação de boa parte dos alunos? Os quais, sem dúvida, deveriam ser os maiores interessados no melhoramento da UEG. Ou seja, tem alguma coisa errada no planejamento feito até então.

Não fiz questão alguma de participar da paralisação realizada hoje em Goiânia, a qual tinha o objetivo principal de reivindicar as promessas que o governo ainda não cumpriu. Esse ato (público) ficou de antemão conhecido como o Dia R: Dia do Retorno ao Coreto (manifestação no centro da cidade, exatamente no mesmo local em que aconteceu o acampamento e protestos quando a UEG estava em greve).

Bom, tem-se que deixar claro que não se trata de indiferença aos problemas da UEG, que, como sabemos, são muitos. Devemos sim discutir, na própria Universidade, o que está a se passar. Porém, penso que não é com atitudes efêmeras e impetuosas assim, como tal paralisação, que se vai fazer a tão desejosa e merecida diferença. Deveríamos conscientizar primeiramente os próprios alunos e, por conseguinte a população. Pois existe, ainda, um grande sentimento de indiferença na maioria dos alunos, justamente por causa da pouca informação que lhes é dada. Assim sendo, quem se propôs a organizar todo esse movimento de paralisação e/ou quem está mais engajado nessas questões está a pecar nesse aspecto muitíssimo importante.

Pense como deve ser chato para alguns ficar sabendo quase que em cima da hora que se fará uma paralisação do nada. O sujeito já não está de costume a par da situação, imagina a revolta dele ao ficar sabendo de um disparate desse nível. Revolta esta com toda razão. Não é de se espantar que eles não irão apoiar, como também não vão participar disso. Ora, quem se atreveria a defender uma coisa insignificante assim? Dessa forma, aos poucos as paralisações e as greves estão virando sinônimo de férias ou mais tempo livre para descansar em casa. Que planejamento é esse que estar a se fazer?

A Universidade é em essência um ambiente reflexivo. Exijamos o Dia R, como o Dia da Recomposição ou Reestruturação! Caso contráro, pelo andar da carruagem, as coisas tendem a permanecer naquele conhecido dilema: vai resolver o problema ou não? Entendo que, para mudar essa mesmice, devemos mudar nossa estratégia, ou seja, tem de haver realmente uma recomposição, isto significa também uma conscientização, não só dos alunos, mas igualmente daqueles que estão à frente disso tudo. Embora, às vezes estes últimos mais pareçam pessoas em potencial para serem futuros políticos, quero acreditar que eles agirão de modo conveniente, mesmo que essa conveniência signifique uma mudança em suas atitudes, mas sempre em prol dessa Universidade que suplica a ajuda, o sincero auxílio a quem quer que tenha boa vontade em assim fazê-lo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Legi devus esti malpermesate

El la portugala tradukis mi. Estas teksto de video tre interesa miaopinie. Jen ĝia havaĵo:

20% de la plenkreskuloj de la planedo estas analfabetoj.

75% de la analfabetoj de la mondo estas kunigitaj en nur 12 landoj.

Brazilo estas unu el ili.

Libro estas kiel fenestro. Kiu ne ĝin legas, estas kiel iu kiu restis malproksime de la fenestro kaj apenaŭ povas vidi etan parton de la pejzaĝo. (Kahlil Gibran)

Parolanto:
Pensante pri tio mi opinias, ke legi devus esti malpermesate. Nenio kontraŭ kiu legas, sed estas kelkaj aferoj pri kiuj oni ne dubas kaj legi ne estas bona afero. La legado igas nin nekapablaj elteni la realon. La legado deturnas la homon el sia ordinara vivo kaj enkondukas al nekonvenaj lokoj. Por infano la danĝero estas pli granda, ĉar ĝi povos kreski neregnacia pri la problemoj de la mondo kaj volos eĉ ĝin ŝanĝi. Ĉu eblas imagi tion? Kaj estas alia afero, legi povas stimuli la kreemon. Kaj vi ne volas infanon trompe sin ŝajnantan genieto, ĉu? Krom tio, la legado povas igi homon pli konscia kaj estus vera kaoso se ĉiuj decidus postuli kion rajtas. Naĝi malrapide per la vojoj de la imago nur ĉar ĝi legis bonan libron. Iu eĉ diras, ke legi grandiĝas, sed mi ne konas iun ajn ekzemplon. Ĉu vi volas konsilon? Silentu! Legi nur utilas al la revuloj. La vivo ne estas ludo.
Atentu bone! La legado povas igi homojn danĝere pli humanaj!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Humilde umidade

A umidade relativa do ar estará variando entre 50 a 15 por cento e a temperatura máxima será de 37ºC. Essa é a previsão do tempo para amanhã aqui em Goiânia. Há 100 dias mais ou menos que não se vê um pingo sequer de água cair do céu. Esse clima é tão agonizante que nem ar-condicionado ou ventilador resolveria a situação. Aliás, eles agravariam, pois tornariam o ar mais seco do que já está. O melhor mesmo é o umidificador. Enquanto isso a pele está embranquecendo. É possível até escrever nela com as unhas. De sobra, o calor vem para fechar o pacote climático.

Além da aspereza e o franzir no toque das mãos, curiosamente o calor nos faz suar sem a gente perceber. Mal suamos e a tal da umidade (ou a falta desta) se encarrega, rapidamente, de evaporar o suor, tornando nossa querida pele cada vez mais ressecada e cadavérica. Haja hidratante para disfarçar os estigmas dos cotovelos. E olha que aqui não é um dos piores lugares em relação ao clima nesta época do ano.

No município de Palmas, por exemplo, a situação é mais grave ainda. É o que diz esse site e todo mundo que mora naquele inferninho planejado. Somente hoje a chuva deu o ar (ou melhor, água) da sua graça naquelas terras à beira do rio Tocantins. Eis um relato que recebi esses dias (adaptado) :

Não suporto mais o calor desta planície em que vivo. Falar sobre o clima daqui já não é mais assunto para passar o tempo ou para quando não se tem mais o que conversar. Não dá mais pra agüentar viver assim, meu amigo. Para te poupar deste sofrimento eu te peço: fique onde está ou mude pra outro lugar decente, mas não venha morar aqui. Eu realmente estou farto deste calor infernal. Quero sair daqui. Não vou comprar um imóvel nem vou constituir família aqui.

Cara, o humor das pessoas (e o meu, claro) muda por culpa do calor. Acho que até nossa personalidade muda com o tempo. Irritamo-nos facilmente. Acabamos sendo pessoas mais azedas. Não fazemos o que queríamos por estar quente demais. No final de semana, não saímos antes das 17h. Não namoramos durante o dia e, à noite, abusamos da conta de energia elétrica.

Infelizmente ar condicionado não é para todos. Diariamente respiramos fumaça e ar seco. Nunca há ar condicionado quando saímos à rua. Não temos dinheiro para manter uma "vida normal" com aparelhos respiratórios. Parece um hospital em que os ricos respiram oxigênio em UTI's enquanto os pobres definham em leitos lotados. Por conta desse problema de sobrevivência, sinto-me estimulado a emigrar para o estrangeiro.

PS: Texto escrito numa sala quente, mesmo com ar condicionado, enquanto minha cabeça doía. Estava aéreo, febril e com a certeza de que Palmas não era o paraíso. (Rayllei)

Com isso pode-se ter uma boa idéia do que as pessoas passam e têm que enfrentar em alguns outros lugares deste país. Enfim, é engraçado, mas em Portugal eles escrevem "umidade" com "h". Não sei o motivo, mas não faz diferença alguma usá-lo, assim como o ar condicionado, ventilador, bacia d'água etc...

domingo, 16 de setembro de 2007

Que dia é hoje?

(Texto das antigas...)

Hoje eu me peguei em profunda introspecção. Perdi a noção de tempo e espaço. Até que me senti um tanto quanto livre. Contudo, alguns teimavam em me escravizar, roubar meu momento tão particular. Logo vieram a perguntar sobre um trabalho para quarta-feira, quando iríamos nos reunir, em que local e hora, etc., etc.. A maior parte dessas perguntas era uma incógnita para mim. Comecei a pensar se essas pessoas as quais faziam tais perguntas estavam querendo me prender ou estavam muito mais perdidas do que eu e visualizavam, por algum motivo, em mim, uma fonte segura que os colocariam ou os situariam de modo conveniente e confiável à realidade.

Discretamente eu os perguntava: - Desculpe, mas que dia da semana é hoje? Pronto, aos poucos eu voltava ao normal, isto é, à participação passiva/ativa nessa vida mundana, a essa prisão. Eles conseguiram mais uma vez. Em seguida tive um surto, acabara de esquecer em que dia estávamos. Ó memória! Aliás, nós temos memória? Bom, esquece isso. Não tem nada a ver com o que estou a relatar. Permita-me que eu volte a meu raciocínio antes que eu me esqueça. Pois bem, lá estava eu, perdido, totalmente desorientado. Acho que a culpa disso é toda minha. Não dei a devida atenção àquelas pobres pessoas que tiveram a boa vontade em me ajudar. Inclusive até me disseram em que dia estávamos e nem dei moral. Quanta gratidão! Será mesmo quarta, hoje? Para mim, tudo o que eles tentavam me convencer, era fruto da artificialidade humana, portanto é apenas uma interpretação, um simbolismo passível de erro sobre a realidade. Não quis aceitar aquelas verdades (datas, e dias da semana) na expectativa de não abdicar qualquer outra interpretação que alguém pudesse posteriormente me dizer.

Mas precisava saber que dia é hoje, afinal de contas o trabalho de quarta martirizava meus colegas. De tudo o que me perguntaram nada ficou, a não ser uma sensação de que algo devia ser cumprido. Essa sensação foi a única coisa que pude “lembrar”, talvez por ser o sentimento uma das superficialidades mais humanas, mais intrínsecas, mais fundamentais consegui reter isso em meio à confusão de meus pensamentos. Naquele momento parecia que não era eu quem respondia. Minha linguagem era tão difusa, sem nexo algum. A linguagem verbal dos outros talvez não tivesse tanta penetração em minhas reflexões internas quanto a sutil impressão de medo, de incerteza quanto ao tal trabalho. Talvez, fiz mesmo foi me identificar com a agonia deles, pois sequer sabia que dia é hoje. Ou seja, a incerteza que eu tinha dentro de mim poderia estar feliz em ter encontrado um novo amigo, um novo partidário – quem sabe o “incerto”.

Dessa maneira teria agora um ponto de apoio, um ponto de partida para começar a pensar tudo novamente. A incerteza das datas, mas não só destas, me fizeram questionar todo o resto que refletira já há dias. O mais plausível seria refletir primeiramente sobre o espaço e o tempo. Mesmo que isso significasse desconsiderar todas as outras observações feitas antes. Finalmente decidi tomar uma atitude, então imediatamente e abruptamente indaguei o seguinte ao primeiro indivíduo que percebi à minha volta: - Que dia da semana é hoje mesmo? Perplexo com minha estranha e inesperada pergunta, ele pensou por alguns instantes e respondeu: - Hoje é quinta-feira!

Não queria ser interpretado como um doido. Ora, deixei meu mundo de falsa liberdade para começar uma nova vida, sem mais aquelas oníricas (in)certezas. Logo agi a fim de consertar dizendo a um outro colega: - Nossa! Esse conceito de tempo e espaço criado por nós é uma questão bem intrigante, não? Acho que consegui me sair bem depois dessa dura revelação. Hoje é quinta! Calma aí... Mas que dia do mês estamos? Não, é melhor não forçar a barra. O que interessa é que amanhã é sexta e daqui a seis dias tem um trabalho para entregar. Meu ponto de partida é a quinta. Quinta quina, quem dera, quimera... Agora é só deixar que o resto vá se ajeitando.

Alguma-feira,
Allex Bandeira

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Tudo é comércio − Você quer quanto para ler este texto?

As pessoas compram e vendem de tudo. É sapato, concha, jornal, pedra, órgãos. Enfim, vendem inclusive o conhecimento e até mesmo o tempo. O homem está tão viciado que até com o santo ele também faz negócios. Pede para o santo a realização de um desejo e promete pagar-lhe, caso ele o realize. Alguns mais exaltadinhos já afirmariam aqui, logo de cara, que certas religiões também incorporaram essa idéia comerciante, pois estão trocando milagres pelo dinheiro de seus fiéis.

Bom, nota-se que há fundamentalmente uma relação de troca em todas essas instâncias. Para ficar mais fácil de entender, podemos fazer uma analogia com a comercialização de produtos. Isto é, pouco importa atualmente suas funcionalidades, para que ele serve etc. O que importa é concretização da compra e da venda, não há mais necessidade daquele diálogo com o vendedor para saber pra que o produto serve ou como usá-lo. Alguns nem sabem por que estão comprando. O negócio é comprar. Hoje, esse ato superou a utilidade prática do produto em si.

O que importa é a compra e a venda. Nada mais que isso. Por exemplo, há várias pessoas que compram celulares sem sequer saber suas funções. Tem-se que comprar, porque tudo mundo compra e ponto final. Bom, a grande maioria das reclamações no PROCOM, pra você ter uma idéia, é, por incrível que pareça, resultado do mau uso desses aparelhos e não porque o celular está com problemas. Ninguém lê mesmo os manuais. Por que eles ainda existem? Não sei por qual motivo a indústria ainda insiste em gastar dinheiro com essas coisas. Os produtos ficariam mais baratos, sem dúvida.

Então, por que é tão importante assim espalhar uma ideologia? Já parou pra pensar nisso? Ora, a melhor resposta é porque as idéias não operam no vácuo. Elas precisam de mentes e corpos nos quais podem existir. Elas precisam de pessoas para propagar essas idéias (o capitalismo, o socialismo e até a minha própria análise de que tudo é comércio não existiria sem cabeças pensantes). Quanto mais gente tiver, tanto maior será a influência e poder, logo elas poderão crescer mais e mais. A televisão está por aí cumprindo seu papel social de propagar idéias e valores, e de emburrecer as pessoas.

Nesta sociedade temos tendência a considerar que o prazer individual e imediato é a finalidade da vida. Seremos felizes se e somente se consumirmos. Por favor, não vá contra a essa idéia. Isso pode causar muito sofrimento. E você não quer isso pra sua vida, não é? Contra a subjetividade dos homens ergue-se a objetividade do mundo feito pelo homem e para o homem. Somos coisas, coisamente. Até quando essas artificialidades se sustentarão? “É doce estar na moda, ainda que a moda seja negar minha identidade, trocá-la por mil, açambarcando todas as marcas registradas, todos os logotipos de mercado.”, já dizia o saudoso Drummond. Enquanto isso, eu estou aqui sem dinheiro no bolso. Desculpe mas hoje não vai dar pra te pagar pela leitura, tá?